Vivemos em um mundo marcado por conflitos, guerras armamentistas e ideológicas, que mobilizam a indústria econômica mundial, notícias falsas que destroem a imagem de pessoas, atos de discriminação, situações essas, assim como inúmeras outras, que fazem as pessoas terem uma visão pessimista do mundo e da história, gerando nelas sentimento de desesperança num futuro melhor. Assim cita o Papa, no parágrafo 08 da Bula de Proclamação do Jubileu 2025. “Que o primeiro sinal de esperança se traduz em paz para o mundo, mais uma vez imerso na tragédia da guerra”. (§ 08, da Bula, pag. 16). 381b6d
Motivando o mundo a alimentar uma visão mais esperançosa da vida, e incentivando os católicos a buscarem a Deus de modo sincero e mais intenso, por meio de uma autêntica conversão de vida, o Papa Francisco decretou um Jubileu para este ano, no qual celebra-se a Salvação dada por Deus por meio de seu Filho Jesus Cristo, há 2025 anos. É na vivência de uma vida autenticamente cristã, como discípulos de Jesus, que alimentamos a esperança de alcançarmos essa salvação, já nos dada, pela morte de Cristo na cruz, sinal do amor de Deus pela humanidade. Caminhar nessa esperança é também alimentar na vida de nossos irmãos e irmãs, outras esperanças de vida nova, de sentido da vida.
O Ano Santo teve início com a abertura da Porta Santa, em Roma, em 24 de dezembro de 2024, e tem como tema: “Peregrinos da Esperança”, incentivando, como citamos acima, os fiéis a caminha rem rumo à verdadeira esperança que dá ânimo, Jesus Cristo.
É vivendo nutridos pelo Cristo, que as pessoas podem ser para o mundo e para as outras pessoas, portadores de esperança. Em quantos ambientes podemos ser presença esperançosa, animando com o testemunho e com palavras? A visita a algum enfermo no corpo ou na mente, assim como participar de Movimentos da Igreja, por exemplo, da Legião de Maria, dos MECEs, da Pastoral da Pessoa Idosa, da Pastoral Carcerária, da Pastoral da Sobriedade… Isto serve para animar os que es tão desanimados pelo peso da doença corporal, mental, ou ainda, os excluídos do contexto social por qualquer motivo. “Por isso, a comunidade cristã não pode ficar atrás de ninguém no apoio à necessidade de uma aliança social, em prol da esperança que seja inclusiva”, (§ 09, Bula, pag. 17).
Um outro campo onde se pode ajudar as pessoas a viver a esperança se revela nos momentos de luto. Pois a perda de um familiar, amigo, ou pessoa que marcou a vida de alguém é por vezes sofrida para ser enfrentada e compreendida. O cristão, ou qual quer pessoa de boa vontade, deve alimentar nos enlutados a alegria da alma, apesar da separação que a morte provoca. A presença, o apoio, uma palavra, pode ajudar grandemente a pessoa a viver o luto de modo mais significativo para sua vida, sem se desesperar ou perder o sentido de sua caminhada.
A esperança que o Jubileu de 2025 nos quer proporcionar há de ser o amor que Deus tem por nós, sua misericórdia com os pecadores arrependidos, a esperança da salvação eterna, o encontro feliz com Deus.
Contudo, como povo peregrino, caminhamos para essa salvação eterna, esperançosos de alcançá-la, vivendo aqui uma vida em Deus, e experimentando já aqui essa graça e essa salvação, ainda que de modo incompleto, ao contribuir para uma vida feliz e frutuosa na história das pessoas com as quais convivemos.
Por isso, o poder e a oportunidade que temos de transformar vidas é o que nos é motivado na vivência deste Ano Jubilar.
Escrito por: Pe. Marcelo S. de Lara
Pastoral da Comunicação